Famílias têm renda veiculada até o Natal

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O Banco Central do Brasil (Bacen) já alertou para o excessivo endividamento das famílias brasileiras em 2010. Dados divulgados pela autoridade monetária mostram que, nos últimos cinco anos, o número de brasileiros com dívidas superiores a R$ 5.000 saiu de 10 milhões para 25,7 milhões. Na média, cada tomador teria uma dívida de R$ 20.185, o equivalente a quase 40 salários mínimos.

A maior parte das dívidas se concentra no chamado empréstimo pessoal e se refere ao crédito consignado e às operações tradicionais, com débito em conta corrente ou mesmo em carnês, em seguida os veículos e, por fim, os financiamentos para casa própria.

O BC deixou o alerta de que o número de endividados pode ser maior, já que o estudo só avaliou a população bancarizada. Seus analistas temem que um percentual não desprezível desses endividados possam ter contraído dívidas superiores as suas capacidades de pagamento, favorecendo a inadimplência nos próximos períodos.

O crescimento da economia, o aumento do emprego, da renda e a farta oferta de crédito são as principais razões para o aumento do endividamento. Agora é a vez do IPEA, com seu Índice de Expectativa das Famílias: em outubro, 51,4% das famílias brasileiras estavam endividadas.

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As famílias que ganham entre cinco e dez salários mínimos e as que recebem de dois a quatro estão mais endividadas: 57,7% e 57,6%, nesta ordem. Essas famílias declaram ter dívidas, contra 43,6% dos brasileiros que ganham até um salário mínimo.

O estudo revela outro aspecto curioso. Mostra que o percentual daqueles que se dizem muito endividados é maior entre os que afirmam não ter renda (16,7%). Entre os mais endividados estão famílias com renda maior do que dez salários mínimos: 11,9% afirmam estar muito endividados. Entre os que recebem de um a dois salários mínimos, o grau de endividamento alcançou 49,9%. Entre os que ganham de quatro a cinco salários, o percentual atingiu 54,7% e, dos que ganham acima de dez, 48,8% têm dívidas. Em relação aos que declaram não ter renda, 45,8% estão endividados.

A pesquisa constatou que as mulheres contraem mais dívidas que os homens, 53% delas têm dívidas e 8,3% estão muito endividadas. Já entre o público masculino, os percentuais são 48,5% e 7,6%, respectivamente. Essa situação é agravada com a aproximação das festas de final de ano.

As famílias consumiram muito. Entretanto, os números apontam para sua fragilidade financeira. A elevação das taxas de juros pode agravar ainda mais o quadro dessas famílias e tornar a inadimplência um fenômeno expressivo no quadro creditício brasileiro no 1º trimestre de 2011.

Fonte: BC

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